Há um último momento de sanguinária intimidade no final de cada relação. Depois dos beijos e abraços, dos insultos e tabefes, mesmo depois de tudo ter acabado, a única coisa que nos vale, é o outro. Mais exactamente: o sofrimento do outro. Saber que o outro está a sofrer, saber que está como um cão, dá-nos outro ânimo. Consequentemente, é por isso que as traições são tão difíceis. E a figura do corno tão trágica.
É por isso que a seguir a cada relação amorosa vem uma relação sadomasoquista. Sofremos porque o outro sofre e gostamos que ele sofra.
Isto tudo, porque um amigo meu foi, como hei-de dizer isto.., apanhado. Ainda está para ser confirmado se por acaso, ou fruto do acaso. Bolas. Até eu, que conheço as tretas todas, não sei como justificar as dele. "Ah, porque sou viciado em sexo", pois!! Conheço uma que vai para a cama com todos, mas não é prostituta, deve ser comuna.
Problema é que agora encontram-se os dois a nadar numa piscina de matéria orgânica. E inorgânica. E o diabo a quatro... Por mim, se for eu a decidir como gosto do gajo, desculpo. Agora ela, não sei.. confiança, respeito e amor.